segunda-feira, 22 de abril de 2019

Não leve tão a sério, você nem é isso tudo

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Vocês sabem, só venho aqui quando acho que tenho alguma coisa importante pra dizer a vocês.

É por isso que essa coisa de escrever semanalmente nunca vai funcionar pra mim. As coisas a serem ditas não aparecem com essa frequência regular. Pelo menos não para mim. Estou errada? Me desculpem, se sim. Mas espero melhorar.

Bem, hoje eu quero falar com vocês sobre levar a vida com bom humor.

Se você é mau-humorado, esse texto pode vir a calhar pra ti, e se você só é bem-humorado quando está sem problemas, deveria realmente ler até o final para ''abrir os olhos, Brasil''(expressão usada por um de nossos presidenciáveis rsrs foi mal, não resisti, gente).

Enfim, você que teve um péssimo dia hoje, que quer jogar tudo pra cima, chutar o pau da barraca e ir dormir choramingando sem muitas perspectivas, a não ser a de acordar com os olhos bem inchados, dá uma lida aqui.

Todo o mundo passa por problemas.

Os problemas existem numa escala de intensidade. Alguns são maiores e outros menores.

Tem gente que diz que é sensível e que não suporta muita carga. Tem gente que enxerga no outro uma ''casca grossa'' e por isso diz que existem mesmo pessoas mais fortes do que outras.

E, você sabe? É um fato, existem mesmo pessoas mais fortes do que outras.

Mas, ao contrário do que se pode pensar, eu acho que a maioria dessas pessoas não nasceram com um ''superpoder''.

Elas lutaram e resistiram bastante. Aprenderam, erraram, aprenderam de novo. Elas, em outras palavras, ''se fizeram fortes'', por um motivo especial: elas precisavam ser fortes.

Era isso ou serem engolidas pela vida, numa saga infinita de tratamento delas mesmas como vítimas, lamentando-se diariamente e reclamando da Justiça como se isso fosse uma conspiração. Frustrados com o mundo.

Você conhece gente assim, que eu sei.

Mas é aqui que entra o benefício de criar uma atmosfera de bom-humor em torno de você. Cerque-se de pessoas que veem a vida de forma leve. Que não vejam os problemas como uma coisa difícil demais de superar. Imite essa característica das pessoas. É sério, isso pode te blindar.

Pra que se lamentar tanto, se você vive num país que te beneficia num sentido: aqui nós rimos de e com tudo.

Nós rimos das nossas asneiras. Vamos lá, você não pode ser engraçado somente quando bebe umas e outras.

Existem pessoas que encontram uma válvula de escape para o sofrimento no bom-humor. Superam dores, e parecem sempre motivadas. E isso não é mágica ou qualquer coisa do tipo.

Não estou te dando condições para parecer um brisado qualquer. Também não é disso que se trata a questão.

É só um convite a fugir da loucura que é pôr tudo o que te acontece na conta da seriedade, do mau-humor, da angústia e da tristeza. Porque é desse jeito que se vive errado. É desse jeito que você compreende algo que era pra ser somente uma brincadeira, uma grande ofensa, entende?
E longe de você, por favor, de ser esse idiota...

Rir de você mesmo com sinceridade vai te levar a evitar um bocado de mal. Um deles é o de não se ofender facilmente... Mas não ser um chato ainda continua sendo o maior benefício de todos.

Então, é isso, meu povo.











sábado, 13 de abril de 2019

Uma dança num Salmo

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Talvez, cada uma das nossas aflições, cada dor chorada e lamentada exatamente como deve ser produza um salmo no livro da nossa história. Como as aflições de Davi outrora produziram... Cada lamento, uma canção.

E se quisermos canções bonitas, quanto mais tristes, mais belas soarão. Não que a alegria não produza seus frutos de beleza. Não é isso.

Mas é que a dor consegue-o fazer com o mesmo talento, e até melhor... É difícil entender os desígnios de Quem criou essa Dança.

E quando o choro se faz necessário para escrever as palavras, se bem chorado, muito mais se encaixa cada frase em seus parágrafos. Cada golpe, mais uma estrofe; cada dor, um novo acorde. A cada dúvida, um novo tom.

E assim segue a Dança, uma dança que se faz só e não acompanhado. Uma dança num salmo.

Não queríamos, mas o sofrimento nos desperta e dá uma nova sensibilidade ao caráter. Isso não consigo perscrutar, mas é a mais pura verdade.

Só o sofrimento aprofunda os sulcos da alma e a prepara para uma nova plantação.

E a grande surpresa é que não sabemos de que se trata a semente plantada. Só sabemos que é boa; e isso basta para a querermos colher.

Porque somente o sofrimento nos faz lembrar de uma verdade nua e (parece!) banida: não estamos completos.

Não Somos sozinhos. Não podemos.

Nossa alma ainda clama por algo. Que, às vezes, sabemos, e tantas outras não.

De certa forma, o sofrimento nos aproxima de Deus. E pode ter sido isso o que quis dizer o sábio quando proferiu a seguinte frase: ''É melhor ir a casa onde há luto, do que na casa onde há festa''.