terça-feira, 26 de maio de 2015

Que Faço Com as Dores

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Não adianta negar, todos nós já padecemos sob pesados grilhões da ditadura das crises existenciais ou das neuras constantes que assolam inexplicavelmente nossos sentidos de formas déspotas.
Mas esse não é um texto que fala somente delas como se isso fosse o centro da sua vida. Não, é mais que isso com certeza.
É a certeza de que não há nada incurável demais, impossível demais, nada que te possa atemorizar até o fim da vida, não há o que temer. E digo isso com propriedade. Não há um mal, não há um sequer que Deus não seja capaz de curar. Não existem impossíveis neste campo. E ninguém pode dizer que há. Ninguém. Deus é especialista nessa dor de forma decisiva, ele prevê os sintomas antes de cada crise e ele não está limitado a eles. Simplesmente você deve admitir que sua vida não é uma mera obra do acaso e largar mão das dúvidas que assolam.
Quem é você não é mais a pergunta, entenda de uma vez por todas. Quem Deus te fez pra ser agora é a questão, a melhor das questões. E não digo isso da boca pra fora, porque ele te conhece mais do que você mesmo. Não atemorize seu coração. Cada um de nós foi criado com um propósito, mas a missão final é a glória dele. Tudo por e para ele.
Então já está na hora de se entregar a essa vontade, será melhor do que lutar com o vento e estar cada dia mais cansado. Essas coisas, a culpa, a mácula, serão somente lembranças vagas de um passado pequeno demais pra o que você experimentará.
Perto de Deus agora só haverá luz e gratidão. É só entregar.

E as dores? Ah, essas vão persistir. Mas não há o que temer, você estará muito bem preparado para resistir.
Boa trajetória até lá.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Como Aproveitar os Dias de Glória

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Hey, como seria bom se todos os dias fossem como aqueles em que você se sente eufórico e desamedrontado diante de sejam lá quais forem os mais absurdos desafios que se apresentam!
Dias em que se acorda com os dois pés, não só com o direito, onde você consegue pensar a longo prazo e acha com a mais divina certeza que vai conseguir tudo o que bem quiser e até coloca sua banda preferida pra tocar e canta alto junto com eles, simulando estar no show e pula como se pra girar, o mundo precisasse de seus impulsos... ê, dia animado. Mas a gente sabe, nem todos os dias são assim. A gente é movido por uns hormônios estranhos que, apesar de serem explicados pela ciência, não o podem ser na prática, no dia a dia.
E o conselho para esses grandes dias é: faça algo da vida que te deixe sentir essa vibração para sempre. Pensa bem, tem algo que realmente te energiza pra viver assim. E esse é o ponto. Encontre e viva! Viva a emoção de saber para onde vai, de entender como construir um a um os tijolos dessa jornada INCRÍVEL! Se não for assim, não vale a pena.

Sabe, às vezes demora pra você saber o que está fazendo aqui. Mas quem busca encontra e a quem bate, a porta se abre. E nem fui eu quem falou isso. Só não desperdice esses dias. Lembre que eles são uma prova de que existe uma missão. E você é um personagem importante nela. 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Colecionador de experiências

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Quando eu penso em vinte e dois anos de vida, irremediavelmente começo a pensar: experiências...

E essa é pra você que vive: o mínimo que lhe é exigido é que tenha adquirido certa sabedoria em lidar com as coisas corriqueiras da vida, não acha?
Seria uma tremenda perca de tempo se não fosse assim.

Mas isso não é fácil. Não se consegue da noite pro dia.
Faz parte do processo se decepcionar, e depois avaliar o fato de que foi você quem colocou uma grande quantidade de expectativa sobre um caso improvável.

Vai perceber que nem sempre todos ao seu lado terão a mesma inocência ou verão um fato da mesma forma que você.

E que a família é um tesouro do qual você não vai ter 2 chances pra curtir, e se não o fizer terá um grande fardo pra carregar pro restante da vida. Compartilhar momentos juntos, tolerá-los e aprender a aceitá-los como são é uma singela missão obrigatória.

Concordará que todos os dias são uma oportunidade a mais de glorificar a Deus com pequenos gestos.
E fazer bons amigos é um dom que você precisa nascer com ele. Ter um é sorte, ter dois é virtude, ter três é uma bênção.
Driblar problemas, amenizá-los, enfrentá-los, saiba que é isso o que te espera.
Que tudo o que o homem plantar, isso também ceifará.
E que se perder no Caminho é mais fácil do que você imaginava; muita ajuda extra-natural vai ser necessária pra chegar Lá.

Que conhecimento sem humildade é pretenso, desnecessário e bobo demais pra ser levado a sério.
Que seu maior sacrifício deve ser pelo próximo.
Mas como muitos que já passaram por aqui, você vai conseguir. Esquece o corpo mole e faz como andam dizendo por aí: vai à luta porque o mundo não para pra gente descer.
E quando achar que já sabe de alguma coisa, se prepara, lá vem ela, a vida, pra te ensinar umas coisinhas a mais...


sábado, 9 de maio de 2015

Não Quero Amigos Perfeitos

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Bons amigos são mesmo uma criativíssima forma de Deus nos agraciar nesse vasto mundo.

Repare neles. Você nunca saberá ao certo qual das suas qualidades mais te cativaram, mas poderia apostar que é a soma de tudo o que neles há que os fazem ser especiais o bastante para querê-los por perto.

Há quem diga que não têm amigos, o que acho bizarramente estranho.
O medo da decepção e a dificuldade em lidar com os defeitos dos outros criam barreiras inimagináveis. 

Mas o fato é que todo o mundo deveria ter alguém pra chamar assim. Amigo!

Quer experimentar uma boa sensação? Espere o dia em que estiver doente, e, mesmo a contragosto, chame um de seus amigos pra ficar ao lado.
Doce sensação, esta. Dificilmente sua fraqueza permanecerá, e se ficar, pelo menos a emocional será suprida, com certeza. Amigos são assim, servem à alma de maneiras sublimes, que não conhecemos.

Amigos são curtos e grossos, às vezes. São loucos. São crianças. 
Amigos têm manias insuportáveis, bordões clássicos, têm aquela roupa que você gostaria de pedir emprestada. Eles são assim.

Bons amigos também te esquecem para depois te chamarem e dizerem que não te tiraram da memória, podem te fazer sofrer um pouco mas logo logo o que vai sobrar disso serão só pequenas cicatrizes que construirão uma parte especial da história de vocês. Eles pegam no seu pé, te admiram (ao passo em que te repreendem). Mantêm-se calados quando não sabem o que dizer e falam pelos cotovelos nessa mesma hora.

Oh, amigos! benditos sejam vós pelas alegrias que nos dão... Não se imagina uma vida feliz sem vocês.

Não quereria amigos perfeitos, senão eu os estragaria com minha bruta imperfeição. Quero cada um dos que tenho, todos eles, sem excessão.


Camilla Brito

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Não compactuo mais deste evangelho

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Eu não compactuo mais com um certo evangelho que está sendo pregado.

Ele é mesquinho e insolente demais pra se chamar assim.
Um evangelho onde se ''determina'' o que se quer, que dita as regras de como Deus deverá agir e a data e hora marcadas para sua providência não deveria se chamar evangelho.
Em dias em que se manipula a vontade dos homens supondo uma soberania terrena validada por Deus, um Evangelho que não faz chover ''curas e milagres'', ''unção e poder'' todos os dias é duramente condenado como frio e sem gosto pelos seus fieis, porque essas são as únicas coisas que agradam a eles.
Este falso evangelho é também um evangelho que nunca se contentaria com apenas a garantia de Cristo ''Eis que eu estou convosco até a consumação dos séculos'' e muito menos com a ideia de que ''No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo'', porque ele prega a necessidade constante de ir atrás de uma ''bênção'' que, claro, impreterivelmente tem que chegar a cada culto promovido por eles devido a ''obediência'' de seus seguidores.

Esse evangelho, com 'e' minúsculo, tem feito a cabeça de seus membros de tal maneira que se tornou imbatível a busca pela ''vitória'', deixando de lado o Autor e Criador eterno que deveria tem primazia na adoração, e não ocupar um segundo lugar.

Não, eu me recuso a aceitar que essa imagem de Deus tome conta da minha mente e imaginação. Este falso ídolo adorado pelos seus seguidores não é nada mais que o reflexo deles mesmos adorado como se fosse o verdadeiro Cristo.
E eu temo! Temo as consequências que esse ''evangelho'' pode gerar e ao mesmo tempo me nego a aceitar que por tanto tempo as pessoas tenham sido tão enganadas a ponto de agora enganarem-se a si mesmas.

O Evangelho do reino é de um reino tão distinto que, se não fosse, já teria aniquilado todos os falsos evangelhos.
Ele prega a caridade e liberdade. Mas acima de tudo, contenta-se com a obra de Cristo na cruz do calvário e se regozija no sermão do Monte e das ''bem-aventuranças''. Um Evangelho de ''felizes os que choram, porque eles serão consolados'' que confunde todos os seguidores de imagens-próprias, e segue seu Senhor independentemente de sua recompensa terrena. Que confia nele acima de seus desejos e fórmulas mágicas para alcançar pedidos, que aceita pacientemente a tribulação com fé e coragem aguardando a redenção dos santos ou a consolação do Espírito.

Sim, este é um Evangelho distinto e bem mais difícil de alcançar, e deve ser por isso que são poucos os que entram por ele.

Um Evangelho onde você não se mostra um super-herói para as pessoas, fazendo cair fogo dos céus para impressionar a plateia, que confunde você com Deus.

Não pense você, meu caro amigo, que esta é uma nova roupagem do Cristianismo, este não é um mandamento novo. Pelo contrário, seu Inventor queria exatamente assim transmiti-lo aos seus, mas os seus não quiseram recebê-lo.

Assim, sobrou aos que temem a sua Voz a dileta tarefa de seguir um Evangelho estranho para muitos seguidores deste ''novo evangelho'' e anunciá-lo conforme a vontade de Cristo, e não segundo a vontade dos homens.


Camilla Brito