domingo, 29 de abril de 2018

Relendo as Graças

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Hoje eu andava procurando nas minhas bagunças um textinho pra postar pra vocês.
É, eu tenho alguns cadernos, agendas, folhas soltas e também uso o Evernote para registrar alguns pensamentos que insistem em ser escritos. Costumo aproveitá-los para enviar aqui neste blog a fim de compartilhá-los com vocês. 
Dessa vez, eu encontrei uns escritos de dois mil e lá vai o trem.. Não que sejam assim tão velhos. Não. Digamos que seja um assunto que pertence ao passado (e graças a Deus! rs).

O texto se tratava de algo que eu pedia a Deus. Coisas importantes, que têm um real significado pra minha vida. E o mais engraçado é que eu especifiquei exatamente como era que eu queria aquilo.

E cara... eu não tenho memória em minha vida de haver recebido algo tão idêntico ao que pedi pra Deus, como o que eu recebi por resposta àquela oração em carta. 

Esse texto pode não ser assim um dos mais importantes no blog pra você.
Mas eu fiquei mesmo embasbacada, olhando para o texto, sentindo outra vez a ânsia que senti enquanto o escrevia e comparando com o que vivo e tenho hoje. A sensação é indescritível e todo o mundo deveria experimentar.

É um misto de felicidade com sentir-se cuidada, sabe?

De conseguir perceber, na prática, que as coisas que você pede não são esquecidas. Nenhuma delas. E que elas não são importantes só para você.

Perceber que você não serve a mais um Deus entre tantos outros deuses, e que alguém não mede esforços para conceder o que você realmente precisa... isso não tem preço!
Essa é basicamente a sensação. 

E sabe, tenho aprendido que pra vida acontecer é necessário esforço. Que o trabalho e a disciplina são fases que não dão pra pular entre o que se tem e o que se quer.
Mas esse não é o assunto do post de hoje. Aqui estou falando da graça que é receber a resposta de um pedido em oração. Nada mais.

E tem dias que você precisa, mais do que nunca, lembrar-se disso. De que o sofrimento tem um propósito, e não é o de te esmagar até o último segundo da sua morte, ou te tornar mais um coitadinho sofredor no meio de tantos.

Têm dias em que tudo o que você precisa é reler algo assim. Reler algo de sua própria vida, que pode te mostrar que, se aconteceram no passado, quem disse que as barreiras, perguntas ou os pedidos de hoje e de amanhã não serão demolidas, respondidas, e ouvidos igualmente?

Alguém se importa. E, durante alguns dias, é suficiente saber dessas coisas.

E lembrem-se disto:

''E esta é a confiança quando estamos na presença de Deus: que ele nos ouvirá todas as vezes que lhe pedirmos alguma coisa que esteja de acordo com sua vontade. E se nós realmente sabemos que ele está ouvindo quando falamos com ele e fazemos os nossos pedidos, então podemos ter a certeza de que ele nos responderá.'' I Carta de João 5:14



domingo, 22 de abril de 2018

O autoengano nosso de cada dia

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Sabe, acho que uma das situações mais comuns de se observar no cotidiano é a capacidade que algumas pessoas têm de autoenganar-se.
E eu me refiro àquele comportamento que faz alguém se esforçar o máximo para deixar intocável a ideia que faz de si mesmo ou de alguma coisa, entende? Mas faz tudo isso às custas de uma frenética negação da realidade.

A situação mais comum --  e mais triste também, se você, como eu, realmente não curte ver as pessoas se contradizendo a cada segundo -- é a do sujeito que pensa que faz algo perfeitamente bem, mas na verdade não faz tanto assim. Diz que é A mas age X, que manda e desmanda, mas a gente sabe que é um só mais um. E cá pra nós, não tem nada de errado em ser um. Mas que sejamos com dignidade, não é mesmo?

Eu aprendi a identificar pessoas assim. Não estou me excluindo desse autoengano nosso de cada dia, muito pelo contrário. Todo o mundo se engana, nem que seja um pouquinho. Quer para não ferir demais o próprio ego, quer para se gabar um tanto. O perigo reside em quando, de tanto negar a própria realidade, a pessoa se perde no próprio personagem que criou pra si e pros outros.

Existem algumas formas de não cairmos nesse rito infeliz do autoengano. Vou listar as 3 que encontrei:

1 - Precisa amar mais do que nunca o Criador para decidir não idolatrar seu ego, que é o que te impede de ver a verdade. Você precisa de uma motivação forte para não querer se enganar. Conhecer seu propósito, a importância da vida, sua história e o que está fazendo aqui para, só assim, abrir mão de viver uma vida de mentiras a si mesmo;

2- Uma vez eu escrevi aqui no blog sobre erros que a gente comete, mas não percebe. Isso acontece porque, de tão enraizados pelo hábito, não os alcançamos. Somente um observador poderia identificá-los por nós. Foi quando lembrei de um versículo em que o Salmista Davi pediu a Deus que o livrasse dos erros que ele mesmo já não podia identificar. Essa é uma boa oração pra se fazer. Sincera e eficaz;

3 - Por último, dizem que não devemos levar em consideração a opinião alheia, mas esse senso comum propagado como um conselho de autojuda, na verdade, pode estar errado. A opinião do outro pode muito bem relatar algo que ainda não conseguimos enxergar sobre nós. Um dia desses minha irmã vestiu uma das minhas blusas que uso para trabalhar, e finalmente eu percebi uma coisa: como aquela blusa era feia! como eu andava com aquilo? Minha mãe tentou me avisar antes, mas achava que não. Só percebi quando a vi em outra pessoa.
O olhar do outro nem sempre está ali para te fuzilar. Às vezes, ele só quer te alertar, mesmo.

E você, como lida com seu autoengano?


Na paz de Cristo,

Camilla.