segunda-feira, 4 de maio de 2015

Não compactuo mais deste evangelho

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Eu não compactuo mais com um certo evangelho que está sendo pregado.

Ele é mesquinho e insolente demais pra se chamar assim.
Um evangelho onde se ''determina'' o que se quer, que dita as regras de como Deus deverá agir e a data e hora marcadas para sua providência não deveria se chamar evangelho.
Em dias em que se manipula a vontade dos homens supondo uma soberania terrena validada por Deus, um Evangelho que não faz chover ''curas e milagres'', ''unção e poder'' todos os dias é duramente condenado como frio e sem gosto pelos seus fieis, porque essas são as únicas coisas que agradam a eles.
Este falso evangelho é também um evangelho que nunca se contentaria com apenas a garantia de Cristo ''Eis que eu estou convosco até a consumação dos séculos'' e muito menos com a ideia de que ''No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo'', porque ele prega a necessidade constante de ir atrás de uma ''bênção'' que, claro, impreterivelmente tem que chegar a cada culto promovido por eles devido a ''obediência'' de seus seguidores.

Esse evangelho, com 'e' minúsculo, tem feito a cabeça de seus membros de tal maneira que se tornou imbatível a busca pela ''vitória'', deixando de lado o Autor e Criador eterno que deveria tem primazia na adoração, e não ocupar um segundo lugar.

Não, eu me recuso a aceitar que essa imagem de Deus tome conta da minha mente e imaginação. Este falso ídolo adorado pelos seus seguidores não é nada mais que o reflexo deles mesmos adorado como se fosse o verdadeiro Cristo.
E eu temo! Temo as consequências que esse ''evangelho'' pode gerar e ao mesmo tempo me nego a aceitar que por tanto tempo as pessoas tenham sido tão enganadas a ponto de agora enganarem-se a si mesmas.

O Evangelho do reino é de um reino tão distinto que, se não fosse, já teria aniquilado todos os falsos evangelhos.
Ele prega a caridade e liberdade. Mas acima de tudo, contenta-se com a obra de Cristo na cruz do calvário e se regozija no sermão do Monte e das ''bem-aventuranças''. Um Evangelho de ''felizes os que choram, porque eles serão consolados'' que confunde todos os seguidores de imagens-próprias, e segue seu Senhor independentemente de sua recompensa terrena. Que confia nele acima de seus desejos e fórmulas mágicas para alcançar pedidos, que aceita pacientemente a tribulação com fé e coragem aguardando a redenção dos santos ou a consolação do Espírito.

Sim, este é um Evangelho distinto e bem mais difícil de alcançar, e deve ser por isso que são poucos os que entram por ele.

Um Evangelho onde você não se mostra um super-herói para as pessoas, fazendo cair fogo dos céus para impressionar a plateia, que confunde você com Deus.

Não pense você, meu caro amigo, que esta é uma nova roupagem do Cristianismo, este não é um mandamento novo. Pelo contrário, seu Inventor queria exatamente assim transmiti-lo aos seus, mas os seus não quiseram recebê-lo.

Assim, sobrou aos que temem a sua Voz a dileta tarefa de seguir um Evangelho estranho para muitos seguidores deste ''novo evangelho'' e anunciá-lo conforme a vontade de Cristo, e não segundo a vontade dos homens.


Camilla Brito

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