Ah, a era das tecnologias! Adorável mundo novo.
Pessoas conectadas a mil/hora. Bem-vindos ao fast-world, onde tudo
se resolve ao menor clique do seu celular e as pessoas olham mais em suas telas
de luzes branquinhas do que até mesmo nos olhos de seus pares. Elas dizem amar
o encontro com os amigos, e estão tão afixionadas aguardando o momento
edificante da próxima self que esqueceram de perguntar-lhes como estão, o que
planejam para o próximo verão, e sobre os seus sentimentos.
Oh, mas não se deixe enganar, eles realmente amam. Apenas não o
bastante para sair do automático. Será que sabem que estão? Deixa pra lá,
seja bem-vinda ao século 21, Camilla. Para com essas bobeiras de olhar nos
olhos. Afinal, as pessoas estão por trás das máquinas, também, não
é? E mesmo que essa falta de contato realmente humano desestimule e abale
nossa afeição mútua, a capacidade de se colocar no lugar do outro e
superficialize nossos relacionamentos, não temos porque nos importar tanto,
amigos. Aliás, se ainda não a sentiram, recomendo pra agora a experiência
inebriante de dividir a atenção com uma máquina.
Opa, quero dizer, outra pessoa por trás da máquina, claro.
Desculpem, caros leitores, às vezes ainda fico confusa a respeito
desse assunto. Parece que não entendi ainda a essência da coisa toda, sabe. A
pós-modernidade é complexa para esta cabecinha. Mas eu acabo
aprendendo. Acho que preciso passar mais tempo interagindo com os eletrônicos. Ou
será que não?
"E não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos..." Romanos 12; 2
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