domingo, 22 de abril de 2018

O autoengano nosso de cada dia

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Sabe, acho que uma das situações mais comuns de se observar no cotidiano é a capacidade que algumas pessoas têm de autoenganar-se.
E eu me refiro àquele comportamento que faz alguém se esforçar o máximo para deixar intocável a ideia que faz de si mesmo ou de alguma coisa, entende? Mas faz tudo isso às custas de uma frenética negação da realidade.

A situação mais comum --  e mais triste também, se você, como eu, realmente não curte ver as pessoas se contradizendo a cada segundo -- é a do sujeito que pensa que faz algo perfeitamente bem, mas na verdade não faz tanto assim. Diz que é A mas age X, que manda e desmanda, mas a gente sabe que é um só mais um. E cá pra nós, não tem nada de errado em ser um. Mas que sejamos com dignidade, não é mesmo?

Eu aprendi a identificar pessoas assim. Não estou me excluindo desse autoengano nosso de cada dia, muito pelo contrário. Todo o mundo se engana, nem que seja um pouquinho. Quer para não ferir demais o próprio ego, quer para se gabar um tanto. O perigo reside em quando, de tanto negar a própria realidade, a pessoa se perde no próprio personagem que criou pra si e pros outros.

Existem algumas formas de não cairmos nesse rito infeliz do autoengano. Vou listar as 3 que encontrei:

1 - Precisa amar mais do que nunca o Criador para decidir não idolatrar seu ego, que é o que te impede de ver a verdade. Você precisa de uma motivação forte para não querer se enganar. Conhecer seu propósito, a importância da vida, sua história e o que está fazendo aqui para, só assim, abrir mão de viver uma vida de mentiras a si mesmo;

2- Uma vez eu escrevi aqui no blog sobre erros que a gente comete, mas não percebe. Isso acontece porque, de tão enraizados pelo hábito, não os alcançamos. Somente um observador poderia identificá-los por nós. Foi quando lembrei de um versículo em que o Salmista Davi pediu a Deus que o livrasse dos erros que ele mesmo já não podia identificar. Essa é uma boa oração pra se fazer. Sincera e eficaz;

3 - Por último, dizem que não devemos levar em consideração a opinião alheia, mas esse senso comum propagado como um conselho de autojuda, na verdade, pode estar errado. A opinião do outro pode muito bem relatar algo que ainda não conseguimos enxergar sobre nós. Um dia desses minha irmã vestiu uma das minhas blusas que uso para trabalhar, e finalmente eu percebi uma coisa: como aquela blusa era feia! como eu andava com aquilo? Minha mãe tentou me avisar antes, mas achava que não. Só percebi quando a vi em outra pessoa.
O olhar do outro nem sempre está ali para te fuzilar. Às vezes, ele só quer te alertar, mesmo.

E você, como lida com seu autoengano?


Na paz de Cristo,

Camilla.

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